As Barreiras da Timidez

Egos fechados nas suas dores,
acabam por dividir
um destino de indivíduos
que estão perdidos.
Viventes que vagam
num imenso labirinto emocional,
desconhecendo de fato
as próprias emoções.
Duas ponderadas criaturas
que desconhecem a tristeza
por lhes ser comum a
inércia da angústia.
São como que mãos calejadas
pelo trabalho dedicado,
cujos calos produziram
uma certa insensibilidade.
Nem maus, nem bons,
de certa forma corretos,
despreocupados com as dúvidas,
avessos aos questionamentos.
Afetivos em gestos,
mas com o coração 
de um pulsar cada vez
mais cadenciado,
nas suas emoções matemáticas.
Guerreiros que se abstiveram
do gladio para armarem-se apenas
de enormes escudos,
defendendo-se sempre.
Isentos de culpas,
pois não tiveram coragem
de cometer os pecados.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 02/06/2009
Código do texto: T1629199
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