Heróis e Santos

Querendo descobrir a força
que movimenta os heróis e os santos.
Deixa seu olhar visitar a luz do céu.
No gotejar das horas da efemeridade,
tenta absorver o espaço atemporal da eternidade.
E, na promessa de eternidade,
entende encontrar respostas
para os seus questionamentos
de justiça que invadem sua mente.
Sentindo-se como o cego absoluto
que de hora para outra,
por milagre, começa a tudo ver.
Reformula a razão,
observa que a felicidade
só pode ser medida por haver a tristeza.
E assim, fica menos inconformado
com a tristeza,
mas quer enfrentá-la
na busca pela felicidade.
Pensando ter encontrado jóia rara,
um sublime tesouro
que deve ser guardado.
Escolhe como abrigo o espaço
entre as paredes do coração,
sente ali haver nutriente para alma.
Reserva-o como sadio alimento
que há de nutri-lo
nos seus dias de grande fome.
Pois sabe que é a boa fé
que deve viver,
cabe a ela conduzir o corpo
e mesmo parecendo envelhecer,
será antes um autêntico menino.
Despertando para o aprendizado 
e a possibilidade de tornar filho
de seu ideal, e não mais apenas servo.
E imagina que dia haverá 
que saberemos as crianças 
guardam uma sabedoria anciã
que na pureza infantil existem respostas.
De forma que a infância e a velhice
encontrem o equilíbrio
na eterna juventude das almas libertas.
E sua túnica de formatura
serão os trajes que vestem os anjos.
E estes embora sejam meramente humanos
sonharam em  voar como se fossem pássaros...

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 25/05/2009
Reeditado em 14/07/2009
Código do texto: T1613678
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