O Destino dos Hipócritas
Jure! Prometa eternamente,
em nome da sagrada divindade.
Rompa em lágrimas melodramáticas
e mais uma vez prometa, jurando ser pura verdade.
Jure por sua mais astuta hipocrisia,
afirmando ser verdadeiro aquilo que sabe que é falso.
Deixe sua criatividade tomar fôlego,
dê asas à sua potente imaginação,
crie em sua inconsequência.
Monte o seu balcão de negócios.
Com sua lábia de grande comerciante,
venda as mais doces ilusões.
Seja convincente,
não deixe dúvida alguma,
deixando feliz o tolo
que acreditou em sua palavra.
Seja, assim, a imagem de uma grande árvore frutífera,
com frutos de belas cascas, mas sem polpa.
Seja a sementeira
desses seus filhos monstruosos
que fingem matar a fome,
mas que aumentam a miséria.
Minta sem qualquer pudor,
justifique seus pecados
pintando-os de virtudes.
Engane com sua tenacidade.
Minta, minta com tamanho propósito,
que acabe por convencer a si mesmo,
vítima de sua língua feroz.
Saiba-se, então, ser o pai de famigerado engano,
seu filho pródigo que há de sempre voltar, novamente.
Ficará desesperado ao sentir o perfume
que roubou em um quarto atemporal
de seu sórdido passado.
Escravo das profanas paixões
que com tanto zelo cultivou nos jardins ocultos
de seu tumultuado coração.
O seu aparelho cardíaco há de ser rebelde.
Impulsivo, há de entupir suas veias na sua gula sanguínea.
Ávido em seu egoísmo de aprisionar prazer,
não suportará os excessos de sua avareza emocional.
Sinta que seu cérebro se incomoda
com os ossos de seu crânio,
quer se libertar de qualquer ordem.
Em meio às tantas mentiras
que jurou serem verdades
construirá o asqueroso
monumento de sua insanidade.
Tomará a doce poção que ocultava o veneno
e o fel que serviu àqueles
que vinham a você para matar a sede.
Novo ato dramático.
há de acariciar com suavidade delicadas flores
cujo desejo é de fato massacrar.
E se um dia massacrá-las em segredo
há de chorar, depois, copiosamente,
fingindo total desespero.
Há de culpar a todos
por culpas que são somente suas.
Há de fazer-se vítima, sendo seu único algoz.
Perdido em sua loucura,
há de santificar os demônios humanos,
elevando-se a santo em heresia ao divino.
De pouco adiantará,
pois que os sonhos alheios sobre os quais cuspiu,
serão seus pesadelos.
Sua arrogância e sarcasmo
serão ínfimos ante a força da lei
que conduz a eternidade.
E toda a distorção
que conseguiu causar à justiça humana,
será sua sentença ante a justiça divina.
Jure! Prometa eternamente,
em nome da sagrada divindade.
Rompa em lágrimas melodramáticas
e mais uma vez prometa, jurando ser pura verdade.
Jure por sua mais astuta hipocrisia,
afirmando ser verdadeiro aquilo que sabe que é falso.
Deixe sua criatividade tomar fôlego,
dê asas à sua potente imaginação,
crie em sua inconsequência.
Monte o seu balcão de negócios.
Com sua lábia de grande comerciante,
venda as mais doces ilusões.
Seja convincente,
não deixe dúvida alguma,
deixando feliz o tolo
que acreditou em sua palavra.
Seja, assim, a imagem de uma grande árvore frutífera,
com frutos de belas cascas, mas sem polpa.
Seja a sementeira
desses seus filhos monstruosos
que fingem matar a fome,
mas que aumentam a miséria.
Minta sem qualquer pudor,
justifique seus pecados
pintando-os de virtudes.
Engane com sua tenacidade.
Minta, minta com tamanho propósito,
que acabe por convencer a si mesmo,
vítima de sua língua feroz.
Saiba-se, então, ser o pai de famigerado engano,
seu filho pródigo que há de sempre voltar, novamente.
Ficará desesperado ao sentir o perfume
que roubou em um quarto atemporal
de seu sórdido passado.
Escravo das profanas paixões
que com tanto zelo cultivou nos jardins ocultos
de seu tumultuado coração.
O seu aparelho cardíaco há de ser rebelde.
Impulsivo, há de entupir suas veias na sua gula sanguínea.
Ávido em seu egoísmo de aprisionar prazer,
não suportará os excessos de sua avareza emocional.
Sinta que seu cérebro se incomoda
com os ossos de seu crânio,
quer se libertar de qualquer ordem.
Em meio às tantas mentiras
que jurou serem verdades
construirá o asqueroso
monumento de sua insanidade.
Tomará a doce poção que ocultava o veneno
e o fel que serviu àqueles
que vinham a você para matar a sede.
Novo ato dramático.
há de acariciar com suavidade delicadas flores
cujo desejo é de fato massacrar.
E se um dia massacrá-las em segredo
há de chorar, depois, copiosamente,
fingindo total desespero.
Há de culpar a todos
por culpas que são somente suas.
Há de fazer-se vítima, sendo seu único algoz.
Perdido em sua loucura,
há de santificar os demônios humanos,
elevando-se a santo em heresia ao divino.
De pouco adiantará,
pois que os sonhos alheios sobre os quais cuspiu,
serão seus pesadelos.
Sua arrogância e sarcasmo
serão ínfimos ante a força da lei
que conduz a eternidade.
E toda a distorção
que conseguiu causar à justiça humana,
será sua sentença ante a justiça divina.