Simplesmente...
O tempo desdobra o manto da saudade.
O passado emerge num rosto querido,
As lembranças tangem na voz da amizade,
E a surpresa ouve o caminho percorrido.
Simplesmente não houve esquecimento.
A mão da vida armou a separação,
Mas a distância não matou o sentimento,
Ficou intato nas pregas da recordação.
Simplesmente o coração não mais vislumbrava
Tardes dançantes no clube interiorano.
A mente cansada não mais precisava
Cenas fugidias do domingo macediano.
Simplesmente foi suficiente um instante
Para transformar a mesmice do dia
E dissipar-se num futuro cantante
E crer que a dádiva de Deus contagia.
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