A Força do Destino

O confronto da razão
com os sentimentos
produzirão desequilíbrio.
Haverá rebelião do ser. 
E o destino será ortodoxo profeta
que na sua inflexibilidade
desenherá um mundo
adornado de pecados,
criando imensa contradição
entre ideal e realidade.
Surgirá um rosário de confrontos.
entre corpo e alma.
E a dor para ser suportada,
necessitará de ser anestesiada.
Que sejam  os soníferos
os heróis ou santos salvacionistas
capazes de trazer alguma calma, 
um tipo de alívio para insônia.
Desejaria que
esse adormecimento artificial,
não só descançasse o organismo,
mas também desse alguma paz
contra a agitação do espírito.
Quem sabe assim, 
o que supunha ser sonho,
de hora para outra poderia
não se transformaria em pesadelo, 
vertendo o que era prazer
em verdadeiro incômodo.
Metáforas para tal estado emocional.
Surgirá como enorme e poderoso equino
a cavalgar num trote violento,
representando o pulsar do coração.
Haverá  visão de um banquete
de muitas frutas cheias de doçura,
mas que saboreadas,
produzirão enorme amargor.
E diante da desorganização das
idéias e convicções haverá 
uma reação impulsiva e anárquica,
um grito que há de se transformar
numa espécie de uivo.
Um lamento de natureza animal,
um lobo que clama para a lua,
sofrendo por ser impossível
vencer a distância,
entre os sonhos e a realidade.


Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 07/05/2009
Reeditado em 10/07/2009
Código do texto: T1581352
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