Nunca Desistir
É importante nunca perder a esperança,
pois que esta é essencial
para não deixar os sonhos morrerem.
É digno não morrer antes do tempo,
não naufragar justamente
quando se está à beira da praia.
Embora o sonho seja impalpável,
será necessária
toda concreta realidade para atingi-lo.
Será, assim, preciso aprender a lidar
com o mundo material.
Aprender e sobreviver
num cotidiano às vezes tão adverso.
Quanto a ser aluno da razão,
haverá certo prazer,
pois que ele nutre mais o espírito
do que o corpo,
dá direção às energias
anárquicas que nos compõem.
Pois que assim seja.
Deem-me o receituário das regras,
tragam-me o manual dos costumes.
Ensinem-me a história humana,
emprestem-me a chave da biblioteca
das filosofias e ideologias.
Que eu saiba ter maturidade
para vencer a impaciência da juventude.
O objetivo é construir.
Não sei o quê, nem para quê.
Confesso que é algo nato.
Uma espécie de mensagem
introduzida no meu cérebro.
Haverá muitos sorrisos
que odiarei ter que dá-los.
Haverá lágrimas
que lamentarei não vertê-las.
Preciso ter fé,
por debaixo da crosta
deste mundo coisificado
deve estar sua essência.
A origem deve ser buscada.
O tempo passado deve ser desvendado.
Para tanto, talvez
tenha que vestir máscaras e fantasias,
talvez um talentoso palhaço
a entreter uma grande platéia.
Quem sabe, ainda,
um idiota bem sucedido
na concepção cotidiana do mundo.
E quem sabe um dia,
quando de melhor humor,
até veja alguma graça nisto tudo.
Consiga ter alguma satisfação
que hoje, sinceramente,
não imagino capaz de ter.
Tenho esperança que no amadurecer
dos meus anos meus ímpetos
se tornem mais serenos.
Isto, porém, é futuro.
O difícil é viver o presente,
não há como amenizar aquilo
que é realidade, de fato.
Devo aprender a me resignar,
mesmo não perdendo
a capacidade de me indignar.
Devo constatar exatamente
o que é o mundo
sem, no entanto, converter-me a ele.
Pássaro aprisionado na gaiola dourada
que suponho ter escolhido para viver.
Vivendo a arriscada aventura de enfrentar
a minha própria humanidade,
descobrindo-me dono de todas as fraquezas
e tendo de enfrentá-las,
Tendo acesso às poderosas
armas do instinto,
mas temendo usá-las,
Sabendo-as primitivas,
mas não sabendo
como fazer para combater.
Tarde demais,
o desafio já está lançado,
o destino já se desenrola nesta terra.
Haverá sempre a incerteza da possibilidade
efetiva de vitória.
Entretanto, é certo que fugir
seria a garantia de derrota.
É importante nunca perder a esperança,
pois que esta é essencial
para não deixar os sonhos morrerem.
É digno não morrer antes do tempo,
não naufragar justamente
quando se está à beira da praia.
Embora o sonho seja impalpável,
será necessária
toda concreta realidade para atingi-lo.
Será, assim, preciso aprender a lidar
com o mundo material.
Aprender e sobreviver
num cotidiano às vezes tão adverso.
Quanto a ser aluno da razão,
haverá certo prazer,
pois que ele nutre mais o espírito
do que o corpo,
dá direção às energias
anárquicas que nos compõem.
Pois que assim seja.
Deem-me o receituário das regras,
tragam-me o manual dos costumes.
Ensinem-me a história humana,
emprestem-me a chave da biblioteca
das filosofias e ideologias.
Que eu saiba ter maturidade
para vencer a impaciência da juventude.
O objetivo é construir.
Não sei o quê, nem para quê.
Confesso que é algo nato.
Uma espécie de mensagem
introduzida no meu cérebro.
Haverá muitos sorrisos
que odiarei ter que dá-los.
Haverá lágrimas
que lamentarei não vertê-las.
Preciso ter fé,
por debaixo da crosta
deste mundo coisificado
deve estar sua essência.
A origem deve ser buscada.
O tempo passado deve ser desvendado.
Para tanto, talvez
tenha que vestir máscaras e fantasias,
talvez um talentoso palhaço
a entreter uma grande platéia.
Quem sabe, ainda,
um idiota bem sucedido
na concepção cotidiana do mundo.
E quem sabe um dia,
quando de melhor humor,
até veja alguma graça nisto tudo.
Consiga ter alguma satisfação
que hoje, sinceramente,
não imagino capaz de ter.
Tenho esperança que no amadurecer
dos meus anos meus ímpetos
se tornem mais serenos.
Isto, porém, é futuro.
O difícil é viver o presente,
não há como amenizar aquilo
que é realidade, de fato.
Devo aprender a me resignar,
mesmo não perdendo
a capacidade de me indignar.
Devo constatar exatamente
o que é o mundo
sem, no entanto, converter-me a ele.
Pássaro aprisionado na gaiola dourada
que suponho ter escolhido para viver.
Vivendo a arriscada aventura de enfrentar
a minha própria humanidade,
descobrindo-me dono de todas as fraquezas
e tendo de enfrentá-las,
Tendo acesso às poderosas
armas do instinto,
mas temendo usá-las,
Sabendo-as primitivas,
mas não sabendo
como fazer para combater.
Tarde demais,
o desafio já está lançado,
o destino já se desenrola nesta terra.
Haverá sempre a incerteza da possibilidade
efetiva de vitória.
Entretanto, é certo que fugir
seria a garantia de derrota.