Dois de maio...
Quando era uma menina
Talvez sete ou oito anos
Ouvia meu pai contar causos
E neles, uma inocência
Me tomava
Em cada um deles
Eu acreditava.
Fui crescendo ao seu lado
Encantada com sua grandeza
De alma...
O violão ele dedilhava
Canções de uma alma pura
De um tempo
Em que as pessoas
Eram cheias de ternura...
Nas noites de inverno
Todos ficavam juntinhos
Ouvindo cada estória
Com olhos cheios de alegria
Aprendemos mais
Do que em qualquer
Escola ou Academia... Mas
Os anjos o convocaram
Para retornar a sua casa
Eu sei que me olha do céu
Hoje, seria seu aniversário
Por isso lhe dedico essa Poesia
Pai! Você foi o meu elo
entre a poesia e o papel.
(Sirlei L. Passolongo)