RODA DE PROSA

Jorge Linhaça

7/08/2005

Casa de madeira antiga

em meio ao sítio incrustada

As janelas na madeira recortada

como cantada, nas velas cantigas

Porta fechada na tramela

móveis rústicos agrupados

Numa simplicidade singela

que nos deixa emocionados

Casa de telhas de barro

sobre o terreiro de chão batido

Em memórias antigas esbarro

num prosear divertido

No fogão à lenha, a comida

Feita com tanta dedicação

bancos de madeira nativa

tocos apoiados no chão

E na roda de prosa passo o dia

entre causos contados e gracejos

todos nós em perfeita harmonia

satisfeitos os nossos ensejos