Justiça e Amor

Na evolução dos tempos,
justiça e amor movem a evolução,
não sobrevivem um sem o outro,
são cérebro e coração divinos.
É no equilíbrio entre amor e justiça, 
que o impulso de destruir 
aprende o valor de construir.
O amor se expande pela lei
e a lei só é virtuosa
se fecundada pelo amor.
A força precisa, antes de tudo,
renunciar à vingança,
precisa aprender a se resignar.
É, porém, a mansidão
que dá direção à força,
daí a necessidade
de ser enérgica em paz.
A guerra é evolutiva,
porém caminha pela destruição.
A paz é conservadora e estagnante,
por isso crescemos pela guerra
e ao chegarmos ao bem
devemos viver pela paz.
A paz é virtude da maturidade,
pois a paz no mal significaria
eternizar o perverso.
Por isso guerra e paz
acompanham a evolução,
por isso a lei se desenvolve
pelo confronto,
E ao chegarmos na grande conquista
das virtudes, este será o auge
do momento da paz.
Então o desarmônico fecundado
pela virtude atingirá a harmonia
que é justa.
E em nós faremos
nosso primeiro aprendizado,
pois que o harmonizar-se é interação.
E a solidão é intimidade
onde gestamos o ego,
que deve nascer para ser o eu.
É semente de energia,
que há de ser semente de homem,
que dia será frutificado 
em anjo liberto. 


  
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 28/04/2009
Reeditado em 03/07/2009
Código do texto: T1565222
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