OS OLHOS DE MARTINA

Poema dedicado à minha bela amiga Italiana Martina.

Conhecemo-nos em Taizé em Agosto de 2005 quando o irmão Roger foi assassinado. Numa época de trevas forjámos uma amizade de luz que durará uma eternidade. Jamais esquecerei o abraço que me deste pouco depois da tragédia e que me devolveu o crer na humanidade, a mesma humanidade que gerou alguém monstruoso que levou, rumo ao invisível, um dos homens mais nobres de que ouvi falar, um dos meus heróis

OS OLHOS DE MARTINA

Habitam na imensidão

Tu és carne

Cerne

Ser

Tu és uma

Num milhão

Que vejo n´

Os Olhos de Martina

Uma bondade eterna

Sem idade

Um amor

Pelas coisas que valem a pena

Uma ternura

Que me dá força

Para vencer

Qualquer contrariedade

Pois tu és

Senhora

Mulher

Imensa plenitude

Tu és quanto de belo

A humanidade possui

Tu

Devolves às trevas a virtude

Porque na tua voz grave

E no teu olhar imenso

E nas cartas que me mandas

Ganho e gero alento

Para as batalhas

Que enfrento

E que tenho de enfrentar

Todo o teu encanto

Me faz sonhar

Com dias de luz

Pois com a tua presença

As coisas lindas iluminas

Tesouro que guardo com carinho numa fotografia

Onde vejo com ternura:

Os Olhos de Martina

Poema protegido pelos Direitos do Autor