AO SAUDOSO AMIGO ANTÓNIO CARNEIRO
ANTES E DEPOIS
Amanheceu depois da noite escura,
Neblina opaca, irreal, quase breu,
Trevas que seus olhos cristalinos
Olharam e viram. E disse adeus…
Navegou, alto mar, até Luanda,
Irradiando sol, p’la fé e esperança,
Orgulho de vontade triunfante.
Caminheiro aonde vais tão decidido?
A outros mundos, meu amigo!
Regressarei um dia à nossa terra,
Na certeza de lutar co’amor por ela.
E veio.; e lutou.; e sofreu. Não gostou.;
Imagens outras esperavam o seu “eu”:
Reverso do bairrismo, que reinou,
Opção, no entanto, que escolheu.