TENHO

Para quem perdeu a fé e em parte para ti, que andas perdida, embora eu saiba que mais depressa do que imaginas te vais encontrar, tu sabes quem és, minha querida amiga

TENHO

Pena dos dias

Em que vivi na mais abjecta e odiosa guerra

Que ouve uma altura

Em que parecia eterna

Tenho

Dias de paz

Que se repercutem na imensidão

Tudo à minha volta é um caos

Mas sou imune a essa dissenção

Tenho

Saudades

De dizer

Que te amo

E o facto

De me negares esse pequeno prazer

É para mim desgosto tamanho

Que houve uma altura

Em que não conseguia dormir

E muito menos

Sorrir

De acreditar

Que há sempre um dia

Que vem a seguir ao dia da amanhã

Que tudo em ti

Foi uma realidade vã

Mas hoje consigo

Pois já vivo no “nosso futuro”

Em que sou feliz

À minha maneira

E por isso sei que perduro

No meu amor

Nos meus doces ideais

Encontrei o meu grupo

Encontrei os meus tais

Gente madura

De uma cepa em extinção

Somos uma minoria

Mas juntos

Somos uma indestrutível união

Tenho