Angústia do Silêncio
Hoje, publico pela primeira vez um poema, em cumprimento a uma aposta feita com o poeta e amigo Kulayb, o qual também estará publicando uma piada ou algo do gênero humorístico.
Trata-se de algumas rimas que compus buscando reconciliação com meu filho Rafael, após um desentendimento ocorrido recentemente, motivo pelo qual houve interrupção de relacionamento. É assim:
Angústia do Silêncio
O Silêncio que se faz necessário
Cumpre o destino de distanciar
Faz-nos refém do orgulho
Impedindo gestos de amar
Buscando a cada instante entender
Por todos os caminhos da emoção
Ficando a certeza de que o ódio
Nunca foi álibi nem razão
Neste coração que bem conheces
Rancor não consegue habitar
Em todos momentos da vida
Seus anseios, podes buscar
Cicatrizes, ainda trazemos
Que em nada consola e acalma
Pior marca é a que trazemos
No interior de cada alma
Este desejo preciso expressar
Até como forma de oração
Encontrarás a qualquer instante
Alguém implorando perdão
A espera se fez longa
Como longo e afiado espinho
A ansiedade enfim destronada
Por um gesto de carinho
Embora não sendo poeta
Fica aqui minha ousadia
De registrar um sentimento
Que este peito angustia.
Para Rafael Fernando
10/03/2009