SONHOS PLÁCIDOS
SONHOS PLÁCIDOS
Juliana S. Valis
Lembro-me de sonhos plácidos que deixaram rastros na alma,
Como estilhaços sem calma de um sentimento qualquer,
Entre suposições de um silêncio que nos perquire e acalma,
Sem dizer, na verdade, o que o amor já requer...
Lembro-me de sonhos lúdicos que a infância levou,
Entre os verões e os invernos de anos passados,
Emoções que voaram na suposição de um amor,
Na imensidão da saudade vista por todos os lados !
E não me esqueci de nada que fosse realmente profundo,
Enquanto as palavras metralhavam tantas escolhas
Entre o riso e o pranto, na insensatez desse mundo,
Nesse impreciso caminho repleto de fatos e folhas,
Fiz do tempo uma válvula do amor que fosse fecundo,
E já nem sei o momento em que tu, ó vida, recolhas
O fragmento indelével da emoção que marcou a alma, bem fundo.