SONHOS PLÁCIDOS

SONHOS PLÁCIDOS

Juliana S. Valis

Lembro-me de sonhos plácidos que deixaram rastros na alma,

Como estilhaços sem calma de um sentimento qualquer,

Entre suposições de um silêncio que nos perquire e acalma,

Sem dizer, na verdade, o que o amor já requer...

Lembro-me de sonhos lúdicos que a infância levou,

Entre os verões e os invernos de anos passados,

Emoções que voaram na suposição de um amor,

Na imensidão da saudade vista por todos os lados !

E não me esqueci de nada que fosse realmente profundo,

Enquanto as palavras metralhavam tantas escolhas

Entre o riso e o pranto, na insensatez desse mundo,

Nesse impreciso caminho repleto de fatos e folhas,

Fiz do tempo uma válvula do amor que fosse fecundo,

E já nem sei o momento em que tu, ó vida, recolhas

O fragmento indelével da emoção que marcou a alma, bem fundo.

Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 04/03/2009
Código do texto: T1469670
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