O INTRUSO...
Um dia,
estava eu a caminhar em romaria,
enquanto a luz do dia ainda dormia,
conheci um ser intruso.
Vivia este ser
envolto em cerração,
segurando em sua mão um enorme coração.
Vi o ser intruso e ele me viu!
E não houve mais cortinas entre nós.
E era este ser
em sua temível majestade,
um ser gigante!
Abundante!
Expectorante!
Confessei a ele
meus segredos profundos,
lá do fundo.
Ele me olhou com sua face tenebrosa
e murmurou palavras indecorosas.
De - repente,
sua face transformou-se em melodia;
Cantou e arrancou plantas mortas que em mim existia.
Depois se despediu.
Beijou minh’alma
que em mim ardeu...
E sumiu!