CARTEIRO NOSSO DE CADA DIA...

Com seu passo bem ligeiro

Transversal ao ombro, pasta

Lá vem ele, o simpático carteiro

Com a sola do sapato gasta.

Caminha por muitas ruas

Trazendo conta, confidência

As casas já são quase suas

De anos de convivência...

Hoje o carteiro tem receio

De acabar sua profissão

O povo só manda e-mail

Nada de carta ou cartão!

As pastas, antes pesadas

Agora estão cheias de espaços

Poucas cartas endereçadas

Seguem assim entre percalços...

Carteiro sonha com antigos romances

Das cartas com papel perfumado

Para que volte a ser tudo como antes

Entregar missivas ao casal apaixonado.