DAS JANELAS

que há em cada mente

observadores nas janelas

suas figuras demonstram

atentos espectadores

espiando a vida fora

enfurnados em suas tocas

testemunhas da pressa

dos transeuntes na lida

na rotina de suas vidas

vislumbram do alto

às vezes rente ao chão

o alheio em movimentos

distraídos absortos

comprazem com olhares

o espetáculo que se apresenta

no íntimo suas imagens

cenas vistas despertas

viagens a outras paragens...