REGRAS DA CASA
Ao visitar-me em casa,
Limpe seus pés, ao entrar,
Tire, por favor, seu calçado,
Para o tapete não sujar.
E, ao sentar-se no sofá da sala,
Não põe seus pés sôbre ele,
Me é artigo raro e caro, e, por aqui
Não se faz do material dele.
Não põe suas mãos em nada,
À não ser que eu te ordene,
Tudo o que tenho me é valioso,
Sei dar valor à vida perene.
Quando fôres ao banheiro,
Não uses nada doque é meu,
Faças somente o necessário,
Não é quarto de hóspedes, entendeu?
Quando fôres dormir, amigo meu,
Dentre as quatro paredes do quarto,
Sono, sonhos e pesadelos são seus,
E, algo mais que tiver no quarto, tudo é meu.
Nem penses em me roubar,
Bém vigiado está, os passos seus,
Ao abrires a porta, não à bata,
Faças de conta que, tudo o que é meu é seu.
Não chutes meu gato ou o cachorro
Pelo caminho, em minha casa,
Tomes banho na piscina, bebas meus drinks,
Abasteças a adega, quando acaba.
Não andes de sunga pelos arredores,
A visinhança nunca me vê assim,
Não desconverses, nem mudes de assunto,
Quando lhes falarem de mim.
Não se preocupe, meu caro amigo,
Tudo o que lhes disse é brincadeira,
Pega pois, aí, uma gelaaaaaaada cerveja
Que está, à dias, na geladeira.
Quero é brindar sua meiga presença
Com entusiasmo e atenção,
Não quero ser à você, jamais,
Um amigo chato ou inimigo charlatão.