Rogo seus sentidos

Tenho vivido de teus anseios

tenho os vistos

clamando de longe,

de repente vivi sendo eu o autor da mesma prosa que falas baixinho

não é hora da morte

tenho olhado para a vida todos os dias pulsando latentemente

sem cessar,

eu o olho espero recomeçar sempre

não duvido das tuas essencias

não esqueço que há vida em qualquer lugar

não depende somente da vitoria

temos que achar graça na derrota.

Vivi sendo eu o autor

sempre você sorrindo

achando graça da minha vida

vida de poeta coisa antiga

vida amarga, bandida

que nos leva mais do que o sorriso e sim mais do que isso

talvez a propria vida pulsante e categorica

e eleva as coisas que amo,

sem a virgulas que eles pedem e saber que não é hora de morrer e sim de cristalizar o momento e vive-lo sem odiar, sem se rebelar, sem temer.

Vida não é o mesmo autor sou eu e você

estamos tão perto do é

o certo

do que é

o recomeço

e sem que vivas sem querer

sonhe, pois a vida está ai e você sabe

tão sabe como as rosas exalam seus perfumes adocicados

de amores-perfeitos

campos orvalhados.