DESABAFOS - Amigo, querido, meu
Você sabe, não é?
Quis tomar um porre.
Beber, cair, não levantar.
Quis que fosse com você.
Mas como dizem que bêbado não tem dono.
E você, por mais que amigo e humano,
Um homem...(daqueles)
Aí...
Tomei sexta
Domingo
Terça
Quarta
Quinta
E não mais na sexta.
Cada dia um pouquinho
Do tudo que queria abafar
Só não caí... Não!
Mesmo assim
Preciso contigo estar,
Conversar, caminhar
Talvez no parque
Olhos... os d’água
Olhos... de água
Porque o choro, esse sim
Continua aqui.
Vamos tomar então,
Um café.
À luz sol
Ao invés da luz da lua.
Só que a Luna, lua
Precisa encher
Minguar
Prá poder renovar,
Inovar,
Ressuscitar.
Por meio do choro
Do ombro
Do colo
No parque
No café
Só não pode deixar de ser
Amigo,
Querido,
Meu.
Com você.
- Vamos?