LÁGRIMAS DE GELO
Poema dedicado a todas aquelas pessoas que mesmo à distância que me fere, no entanto se mantêm por perto…
LÁGRIMAS DE GELO
Lágrimas correm-me pelo rosto corrompido
Pelo vale facial feito por outras semelhantes
Mas estas são de terrivelmente frias
E nem sequer as sinto quando as verto
Sinto o seu frio
Pois são lágrimas de gelo
Exangues, quase sem qualquer emoção, e muito menos uma saudável e proverbial alegria
Muitas
Demasiadas poucas vezes
Quis dizer um adeus
Mas a voz embarga
O cérebro para
Com uma sensação inócua
E não sensitiva
Do que seria uma lógica amarga
Pois sou do tipo de pessoa
De nunca fechar um livro para sempre
De não o colocar numa estante distante
Pelo motivo de, apesar de o ter lido, essas palavras estão abertas
Estarão sempre comigo
Para as rever de tempos a tempos
Como revejo distantes
E incondicionais amigos
E por isso
Tenho uma montanha de livros
Por arrumar
Tenho certas pessoas
A quem nada digo
Mas com as quais
Posso a qualquer momento
Certos laços reatar
Sendo com os amores
O mesmo tipo de lógica perdida
A porta
Ou a capa de certo tipo de brochuras
Nunca será
Eternamente fechada
Pois acredito
Que o Amor é eterno
E nunca desaparece de todo
Da nossa face
Da face da terra
Adquire mas é outros nomes
E outras formas
Porque essa realidade lírica
Ou de camaradagem fidedigna
Só a eternidade finaliza
Só a eternidade encerra…