LÁGRIMAS DE GELO

Poema dedicado a todas aquelas pessoas que mesmo à distância que me fere, no entanto se mantêm por perto…

LÁGRIMAS DE GELO

Lágrimas correm-me pelo rosto corrompido

Pelo vale facial feito por outras semelhantes

Mas estas são de terrivelmente frias

E nem sequer as sinto quando as verto

Sinto o seu frio

Pois são lágrimas de gelo

Exangues, quase sem qualquer emoção, e muito menos uma saudável e proverbial alegria

Muitas

Demasiadas poucas vezes

Quis dizer um adeus

Mas a voz embarga

O cérebro para

Com uma sensação inócua

E não sensitiva

Do que seria uma lógica amarga

Pois sou do tipo de pessoa

De nunca fechar um livro para sempre

De não o colocar numa estante distante

Pelo motivo de, apesar de o ter lido, essas palavras estão abertas

Estarão sempre comigo

Para as rever de tempos a tempos

Como revejo distantes

E incondicionais amigos

E por isso

Tenho uma montanha de livros

Por arrumar

Tenho certas pessoas

A quem nada digo

Mas com as quais

Posso a qualquer momento

Certos laços reatar

Sendo com os amores

O mesmo tipo de lógica perdida

A porta

Ou a capa de certo tipo de brochuras

Nunca será

Eternamente fechada

Pois acredito

Que o Amor é eterno

E nunca desaparece de todo

Da nossa face

Da face da terra

Adquire mas é outros nomes

E outras formas

Porque essa realidade lírica

Ou de camaradagem fidedigna

Só a eternidade finaliza

Só a eternidade encerra…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 11/12/2008
Reeditado em 11/12/2008
Código do texto: T1329583
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