TELA HUMANA
TELA HUMANA
Juliana S. Valis
A tristeza tende a surgir da própria realidade
Desse mundo cruel, injusto e tão voraz,
Perpetuando a antiga e nova desigualdade,
Quando a própria vida já nos pede: paz !
Assim, todo disparate que o tempo nos revela
Pode ser uma tela humana de insatisfação,
Pode ser um quadro singelo, como uma aquarela
Das cores que transbordam no seu coração...
E como é difícil ver vários fatos de desigualdade,
Enquanto os milionários podem rir do que a fortuna faz,
Muitas pessoas sofrem muito, em qualquer cidade !
E, lá no fundo, por que certos indivíduos esnobam demais?
Perante o mundo, há tanto poder, dinheiro e celebridade;
Mas, perante Deus, não há dúvida: todos são mortais.