Redenção

De encontro ao meu, ainda está teu peito

Ouvindo o meu, silencioso e lento

De um abraço delicado e intenso

Que sem aviso fez parar meu tempo

Meus dedos apertados em tuas costas

Como evitando que escorressem lágrimas

Dos olhos castigados de lástimas

Que marejados refletiam o passado, enquanto esmagavam suas costas

Teus dedos apertados em minhas costas

Pedindo um perdão sombrio

Em busca de uma misteriosa redenção

Por um segundo de hesitação, enquanto seus dedos esmagavam minhas costas

E os meus braços voltando a dizer

Que mais uma vez o perdão existe

Mesmo pra quem sem pensar insiste

Em errar e persistir no próprio erro

E os meus olhos que não viam você

Mas enxergavam intrínseco em sua alma

A sua face que escondia calma

Sua ternura, seu instinto perro

Mesmo mudado o corpo resta a alma

Essa não muda, apenas a aparência

Resta a nós, amigos, a incubência

De o fazer voltar ao que fora

E não se podia mais esconder de nenhuma maneira

A lágrima, que na minha face ainda corre

E mostra de forma não tão costumeira:

“A amizade é um amor que nunca morre”

Joao L Terrezo
Enviado por Joao L Terrezo em 22/11/2008
Código do texto: T1296904