NO LIMIAR DA ALMA

NO LIMIAR DA ALMA

Juliana S. Valis

Em cada verso de intempérie em vida

Resplandece o enigma de uma fé sem calma,

Transcendendo a própria dimensão perdida

No coração, no limiar da alma...

E em cada trecho desse mar do afeto

Resplandece, assim, a vastidão da chama

Que contrai o coração, bem no fim, de perto,

Expandindo a emoção de quem sempre ama...

Não façamos do acaso a inércia de tudo,

Em cada caso de sonho há vestígio de paz,

Além do plano tão raso, além da dor como escudo,

Além do mundo, e da vida que se vai, tão fugaz !

E cada delírio que nos prende, enfim, ao amor

Torna-se estrada, assim, que só a alma perfaz,

No labirinto que jaz na dimensão de uma flor,

Emoção metafísica no espírito em paz.

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