ELFA LIAH
Eu guardo a lembrança dos teus passos,
e da tiara luzente em teus cabelos.
Imagino que caminhas por Valfenda,
no vale encantado dos elfos.
E a brancura do teu sorriso,
quebra a névoa matutina,
em luzes espelidas por tua aura,
em preces por teus lábios concebidas .
Lentamente meditas o orvalho,
o ar fresco e verde que te invade,
adentrando as narinas e pulmão,
em sentidos de vivência mágica.
Tens o pulsar ditoso,
pelas causas naturais.
É assim o teu despertar,
irmã aureolada pelo sol,
e decantada pelo vento.
No éter espaço que exalta
tuas virtudes e beleza,
e louva teus feitos.
Que tens corrido pelos eucaliptos,
e neles deixado a tua presença,
em cada sorrir florido.
E como o bambu és flexível,
e como a água contornas
o espaço etéreo de tuas
metamorfoses estelares.
Sinto-me saudosa,
por nossos cantos e falas.
Pelas loucuras juvenis,
e buscas incessantes
por joaninhas sem pintas.
Esses contentamentos de virgens,
que encontram tesouros
no milagre da vida.
Guardo-te numa redoma em flor,
e habitas o jardim de meu coração.
Saio a conhecer outros mundos,
e busco a verdade das coisas.
Mas, embora eu parta,
os pássaros me trazem de volta.
Amizades como a tua,
são encantos da divindade.
Que guardamos com a magia amorosa,
e protegemos de toda a dor.
Eu posso dizer com veemência,
que nosso convívio é calmaria.
E que a fortaleza de nossa amizade,
tende a ser,
inabalável, imensurável, e infinda...
Paris, 2008