FALSO AMIGO

De repente me dei conta

Que me deixei levar pela sensibilidade

Acreditando como uma tonta

Em alguém que me demonstrava amizade

Mas que relacionamento difícil de se conservar

Quando a outra pessoa se pauta na falsidade

E você passa então a observar

Nos mínimos gestos, a falta de lealdade

Lá no fundo, a ânsia maior do falso amigo

É sugar a sua energia e se aproveitar da sua bondade

E você se vê de súbito, convivendo com o inimigo

Que tem cara de quem age com sinceridade

É um verdadeiro ator no palco da vida

É ferino, invejoso e complexado

Se sente inferior e por isso ataca às escondidas

E destila seu veneno sem se sentir ameaçado

Um dia, pobre amigo disfarçado,

Sua desfaçatez é descoberta

E então, como um bicho amedrontado

Ainda tenta se defender de forma desonesta

E lá vem as desculpas mais esfarrapadas

Já que está tão acostumado a mentir

E nem se dá conta, essa pessoa depravada,

Que a amizade deixou de existir.

07.03.2006

Vitória-ES

Baby
Enviado por Baby em 10/03/2006
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