SONHOS DE INFÂNCIA
Nós crescemos na mesma rua
Eu e meu amigo, numa cidade do interior
Eu sonhava ser aeromoça e o mundo conhecer
E ele tinha o grande sonho de ser cantor
Ele tinha a voz bonita e nos barzinhos
Ele cantava, e neste seu sonho ele apostou.
Lembro dele dizendo até breve, eu voltarei
Mais isto foi adeus, pois ele nunca voltou
E o seu belo sonho se perdeu pelos caminhos,
Como o meu, que do mesmo modo também morreu
E hoje eu tenho a certeza, de que dos sonhos,
Da nossa infância, o maior jamais aconteceu.
E quando às vezes eu volto a nossa cidadezinha
Com a saudade e as lembranças ainda presentes.
Sento-me no banco da pracinha e olhando o coreto
Perco-me esperando vê-lo ainda chegar, de repente.
SALVADOR 27/09/2008
DOCE VAL