A UM AMIGO



Caro poeta, amigo distante,
Capitão dos mares da poesia,
Bravo herói itinerante,
Preparador do recheio da vida vazia
Que brota em torno do amanhecer.
Homem menino, de palavras exatas,
De trovões na escrita a estremecer
Os pilares das coisas insensatas,
Que faz ser pequeno o homem gigante,
Que faz ser gigante o homem pequeno,
Que faz sentir perto o que vive distante,
Tornando a tormenta um clima sereno.
Caro poeta de flecha no olhar,
De exatidão na investida,
Do conselho certeiro que me faz aprumar
Na minha caminhada pelos trilhos da vida.
Salve poeta! Salve amigo!
Salve companheiro da hora da dor!
Farol a livrar-me do escuro que esconde o perigo,
Tu és uma aquarela na minha vida sem cor!

                               
luznaentradadotunel
Enviado por luznaentradadotunel em 22/08/2008
Reeditado em 18/07/2009
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