TRACTATUS... II (34).- « Navego (é um falar) ...» // «Como podes construir veredas»
LVIII
Navego (é um falar) desde o norte,
«México lindo e querido»,
até ao sul, «Mi Buenos Aires querido»...
O eco da melodia, em barca de ouro,
sussurra, candente, «Adeus, por sempre adeus!»
Ou esse gerar, inexorável, «caminito»
que, aliás, o tempo dissipa percorrido a sós...
«Começo a gritar para dentro»
e paradoxalmente danço o samba, qualquer:
batismo pagão de corpos a trançarem
ritos do anelo navegante pelo tempo nómada
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LIX
«Como podes construir veredas»
abusando de piche tão impiedoso?
(Não sei bem quem me fez tamanha pergunta...)
(Eu respondi como pude: Mal...)
Não faço caminhos,
apenas ando:
não me permite a vida
mais do que continuar, passe o que passar...