TRACTATUS... II (30).- «Farto já de contos...» // «No esplendor do sorriso...»
L
Farto já de contos
(por riba, “nada exemplares”)
volto num dia triste de agosto (13, não sexta)
aos poemas do silêncio:
Continuo a berrar em palavras
que nunca quereria dizer, mas que sempre
homens pregoamos com as «cabeças decepadas».
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LI
«No esplendor do sorriso entre as mãos»:
Lindo verso para terminar em desleixo...
Não, a vida, NÓS, nós de nós...
A vida pode ser máscara ou sombra,
mas sobretudo é vida...
Talvez, sim, paródia de mortes perfeitas
ou talvez abraços de vulçães tímidos,
como somos todos... inclusivamente os bêbados...
Esses que, desde o centro de um mundo
por eles descentrado,
organizam a desordem cultural das cousas
afogados nas mentiras que dizem naturais...