QUANDO A CHUVA VIER!
QUANDO A CHUVA VIER!
Foi no dia vinte e três
De Março, a última vez
Que choveu em Portimão.
Estava eu a escrever,
Quando começa a chover,
Nessa mesma ocasião.
Eu cheguei a pressentir,
Que Deus me estava a ouvir,
Quando fazia meus versos.
Agora já sei que não,
Se não chove em Portimão,
É por motivos diversos.
Essa força imanente,
Não tem a ver com a gente,
São coisas da Natureza.
O que houver p’além da vida,
Não é da nossa medida,
Saber ou não a certeza!
E, vamos alimentando,
A fé que nos vai levando,
Nesta esperança de viver.
A chuva que se procura,
Há-de chegar com fartura,
Mas é quando Deus quiser!