CARTA SEM CENSURA, SÓ TERNURA

A "Carta à minha Vida", que mandei há dias em jeito de missiva a-desabafar-envelopes-mal-fechados, foi interceptada... Por muita gente, todos queridos e prestáveis, a esbanjar colinho, quer dizer, colinha, para a fechar melhor, sem deixar vestígios de cicatriz... A todos agradeço. As reflexões, o apoio, o ânimo...

E deixo aqui um poema amoroso que o Edson Gonçalves Ferreira me ofereceu de bónus... entrelaçado por mim, à laia de resposta...

Senhora dos olhos sonhadores,

*-Senhor, os meus olhos são criança!...

Quem sabe olhos de saudade de grandezas passadas,

*-Só conheceram a grandeza do amor

As ruas da Mouraria estão no teu semblante,

*-Que habitou a casa humilde onde brinquei.

Tu cantas e choras como nas canções d'amor e d'amigo

*-Choro só canções de adeus, hinos à Vida,

Tens a audácia de D. Quixote e a beleza de Inês

*-Tenho espadas feitas de sonhos e pétalas de flor ao vento

Senhora, não sonhes, escreve!

*-Os meus sonhos são minha pena,

Com teus versos navegamos

*-Os meus versos, caravela.

Por mares antes nunca navegados

*-Meu mar, caderno de bordo,

Tão belos como o teu pensar.

*-O meu pensar, motim de paz...

...onde a amizade se faz...

Edson Gonçaves Ferreira

*Tera Sá