À AMIZADE
Aguerrido a palavras impostoras que perfuram minha mente
E agradecido à minha renúncia ,também sua
Sou liberto de minha cela
E esse fugitivo não despista o olhar amigo das plumas de seus olhos
Peço ao vento que me carregue, pois incompleto
Quero a minha peça, capaz de amaciar com a gentileza de sua existência
Essa magra e precoce vida , que imatura, floresce a cada movimento de seus lábios
Em um mundo rosa, talvez ainda desconhecido pela “raça moderna”
Experimento a plenitude de sua amizade eterna
Sim, pois enquanto fluir uma gota de sangue nos microfilos de meu corpo
saiba que suportarei o peso de qualquer dor ,mesmo que fatal
para lhe eximir dos mais inoportunos pruridos
Aceito q não sou digno de sua amizade , mas fui glorificado com a benção de encontrar-lhe
No tesouro pálido e corroído que adormece fundo de meu coração
Uma luz rosa , não por acaso, iluminou a minha iminência de desintegração terrestre
E sem asas pude voar, tendo a convicção
De que milagres acontecem