TRACTATUS... II (05).- Não «Quousque tamdem...?» ... // Percorri terras e terras. ...

IX

Não «Quousque tamdem...?»

Mas abandono pertinaz, chuva de ermos,

Areias negras devotadas a infernos de gelados.

Porque o tempo é breve,

embora a arte seja prolongável:

Mas, se falta o tempo, para que a luz?

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X

Percorri terras e terras nas asas terríveis

da fantasia. Olhei pedaços de vida

em construção. Outros, apenas

rios fugazes subtraídos

ao perfume cativante

do amor «radioso,

sol» casenho

Era Verão urente:

Hoje, inverno quase,

ouço sedutoras vozes de sereia como anjo

Ao longo da existência,

texto que escrevi em triagem incônscio,

gemi e cantei e ri... Talvez dedilhei

carnes como violas, mas não lembro...

Na manhãzinha e na tardinha,

aguardei o Amor definitivo,

quando deveras devi me definir

amor e dia e noite e história e orgasmo.

Senti os lôstregos de estremecimento

a encherem e esvaziarem almas e corpos,

contidos e retidos na lambedela lasciva,

nem sempre,

ou na submissa servidão,

acaso.

Foi a rosa, leda e escorregadiça.

Foi a sombra fugidia de esteiros e lençóis.

Foi melodia procurada e nunca conseguida...

Ou sim... Talvez... formigando andamentos...

semibreves e mínimas e colcheias e fusas...