TRACTATUS... (17): Arei, aramos ... // Acrunha, cidade ...
XXVI
Arei, aramos na verdade,
sem reviravoltas, mas liricamente,
acenando a cor do céu,
a dor da noite. Ecoamos
palavras nunca soltas
como em louvor de promessas
ao sumo dos Olimpos,
augusto, divinal.
Foi fluência febril de fé e assombro,
feroz dessassossego estremecido:
bainha e espada, acesas,
ligação acasalada de sombra e sol,
enflorada em lôstregos.
(lá longe dorme a Galiza; embaraçada
de longo sono
sobre norte inerte e português.)
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Acrunha, cidade
onde ninguém é alienígena,
Dezembro de 1995/Janeiro de 1996