TRACTATUS... (1): Carta inicial a Cristina de Mello
É pela primeira vez que dou a lume (virtual e não virtual) este poemário, inédito até hoje, resposta ou eco de 'METADE SILÊNCIO', poemário da poeta e professora Cristina de Mello, brasileira e portuguesa, em Coimbra e no Porto. Mais não digo; digam-no os poemas.
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António Gil Hernández.
TRACTATUS
DE EUPHEMICA
DICTIONE
Variação sobre o poemário 'Metade silêncio',
de Cristina de Mello.
Coimbra, 1992
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Acrunha, Dezembro de 1995
Cristina (de Mello) cara:
Recebi em Acrunha [The Corunna] o teu poemário que me envias desde a Coimbra misteriosa, para mim, mais pelas pugnas sobre a modernidade e o bom gosto do que pelos amores da galega Inês e o português Pedro.
Puseste-lhe uma dedicatória amável, amistosa, cordial, que dataste nessa cidade em 16.6.95 e diz:
«Ao querido amigo Gil & família,
dedico este livrinho,
com a estima de sempre.
Com o meu abraço, Cristina.»
O poemário e a breve carta que o acompanhava tornaram-se, serôdios, em convite de intercâmbio ou trocagem.
Ei-lo correspondido, na intenção pelo menos.
Lê os versos meus ao compasso dos teus, nem sempre como réplica, por vezes como paródia simples, a brindar pelo melhor da poesia que é a alegria do viver, a singela expressão do conviver, tão difícil de sustentar nestes tempos.
Trasladei os beijinhos à família: faz o mesmo com os meus para a tua.
Ah!, o distanciamento físico mas não espiritual...
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Para Roi, Rosa, Saleta:
para o filho-irmão,
para a esposa-mãe,
para a filha-irmã