O DESPERTAR DAS BORBOLETAS.
Dormindo numa crisálida
a imago já se revela
já sonha com suas asas
e suas cores, tão belas.
Sonha campos e jardins,
flores, brisas, beija - flores,
pólem, abelhas e outras
companheiras multicores.
Diáfanas asas abrem
devagarinho, ao sair
da crisálida que abre
para deixá - la partir.
Suas asas são azuis
com desenhos bem mimosos
coloridos e perfeitos
trazendo tons meio róseos.
Secas as asas, deslumbre!!
Um vôo ainda medroso,
mas que a eleva ao espaço
num flutuar langoroso.
Tomando alento porém,
voa com força e alegria
pousando de flor em flor
suga néctar e se inebria!
Voa junto à brisa leve
com um bando colorido
conhece campos, florestas,
já aguça seus sentidos.
Ouve o zumbir das abelhas
que das flores tiram mel
entre ondas perfumadas
já sonha chegar ao céu!
Como seria um jardim
sem borboletas voando,
com suas cores vibrantes
o espaço todo, enfeitando?
O amor, como as borboletas,
devia nascer assim:
crescendo, amadurecendo,
sonhando nunca ter fim.
Ter a mesma liberdade
de conquistar seu espaço
sem sentir - se prisioneiro
a não ser de um abraço!