O DESPERTAR DAS BORBOLETAS.

Dormindo numa crisálida

a imago já se revela

já sonha com suas asas

e suas cores, tão belas.

Sonha campos e jardins,

flores, brisas, beija - flores,

pólem, abelhas e outras

companheiras multicores.

Diáfanas asas abrem

devagarinho, ao sair

da crisálida que abre

para deixá - la partir.

Suas asas são azuis

com desenhos bem mimosos

coloridos e perfeitos

trazendo tons meio róseos.

Secas as asas, deslumbre!!

Um vôo ainda medroso,

mas que a eleva ao espaço

num flutuar langoroso.

Tomando alento porém,

voa com força e alegria

pousando de flor em flor

suga néctar e se inebria!

Voa junto à brisa leve

com um bando colorido

conhece campos, florestas,

já aguça seus sentidos.

Ouve o zumbir das abelhas

que das flores tiram mel

entre ondas perfumadas

já sonha chegar ao céu!

Como seria um jardim

sem borboletas voando,

com suas cores vibrantes

o espaço todo, enfeitando?

O amor, como as borboletas,

devia nascer assim:

crescendo, amadurecendo,

sonhando nunca ter fim.

Ter a mesma liberdade

de conquistar seu espaço

sem sentir - se prisioneiro

a não ser de um abraço!

Arianne Evans
Enviado por Arianne Evans em 14/05/2008
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