ALEGRIA PURA
Medito sem gravidade abrindo os olhos
Para o mundo que me rodeia escondido
Encho o peito á paisagem que me chama
Á sua alma clandestina que dança a vida
Oferecendo sensualidade de movimentos
Ao vento que retorna pousando gratidão
Na áurea da minha vontade
Os pássaros voam como crianças
Brincando no recreio da alegria pura
Balouçando-se em fantasias triviais
Um pássaro canta cantigas de amor
Que já não entendo ou não afino
E as pedras imóveis olham-me atentas
Ouvindo e guardando os meus segredos
Exibindo inocência e instinto de paz
As multidões vivem ao mesmo tempo
Em cada uma das suas dimensões