BAÚ
(Dedicado á amiga Camila F. Gonçalves, inspiradora e que tem o melhor sorriso do mundo)
Perdidos nunca estamos, sempre encontramos saída (ainda mesmo perdida), num céu e futuro plano.
E longe, longe, quase por terra firme, voa a imaginação inerte, pássaros alados e terrestres.
Um deles, nunca perdido está, andando sempre continuará (mesmo ainda que não saiba andar), pra encontrar o eterno encontro em que nos encontramos, pra achar a saída mesmo perdida de imaginação firme e encontros nem tanto encontráveis.
É aí que se descobre e se encanta por um mundo todo perfeito!
Por feitos,
Bem feito,
Em desejo deleito,
Suspeito,
Mal feito,
Para próprios feitos e efeitos do perfeito defeito!
Na caixa, a luz perdoa os já iluminados, encaixotados e perdoados de perdão puro e salvos bem guardados.
No baú eterno, a vida se vangloria porque ilumina quem vive sem glórias.
E viva os iluminados!
Bem guardados,
Vangloriados,
E luz minados,
Da luz miados,
Á luz amados!
Agora, quem abriu não fecha, jamais uma vez aberto acontecido cessa. Porque é acontecido, mal ocorrido, e corre ouvidos, aconteceu e ido, cantam e indo, contação e vindo. Sempre acontece e com ou sem, se tece!
E quando nos perdemos?
Onde estaremos?
No baú sem perdição e estação. Com o todo que se ama, se gosta e estando perdido tudo se adoça.
Com pitadas marcadas, mal acabadas, má escada, mor escalada, no mar arcadas.
De novo ao baú sem perdição e estação...
Esta ação,
Estar em ação,
Ex-tação,
És tanta e são,
E estar são,
Ter sensação... É só, lindo, sem abóboras, princesas, promessas, pró-remessas, mau expressas, para, não meça, por só essa... Conto de fadas: sozinho, vazio, nunca, jamais e mais nada!
Douglas Tedesco – 10/04/2008