PASSAGEIRO NO TEMPO







Sou um passageiro no tempo
Penso quais as borboletas
Que sonha em liberdade
Todos os dias de tardes gris.

Sempre a solidão me chega
Silenciosamente nas noites frias

Mas não tenho medo de trevas...

Gargalho com as gravuras expostas
Em meu quarto de dormir
Elas sempre me ajudam a entender
A minha insensatez.

Do que mais gosto em mim
É o meu jeito de driblar a dor
Afinal,
Carrego na boca uma sinfonia de pardais
No peito um amor crepuscular
Nos pulsos uma chama em carne viva
No bolso um punhado de moedas
E no pescoço um talismã.