Canto cigano
Uma estrada de luz
Conduz-me a ti
Guia-me uma estrela
Tremeluzindo fugaz
Vésper induz aurora
Rebate brilhos de outrora
Num caminho de tempo
Percorrido ao infinito
Meio à bruma e ao breu
Insinua-se o perfume teu
Flor das frescas manhãs
Um aroma de chão à chuva
As folhas dão-me contas tuas
Torna-te tranqüila, amada,
Não tema os oblíquos silvares.
Acalmam-se os mares.
Das flores as puas retiradas
Encanta-me tua dança peregrina
Rodando o fogo, a saia majestosa.
Altera os sentidos do tempo, atropela.
A fortuna me protege e me anima