A Nuvem

Morada altaneira

De arcanjos e querubins,

Alva, soberba

E na sua magnitude

Desliza, caminha,

Percorre e transmuta.

Pão de algodão

Esculpido pelos ventos andarilhos

Vindos de outro horizonte.

Sonolenta,

Aconchega e adormece a colina no seu manto.

Na aurora, desperta-se

Com burburinhos alvissareiros

Das revoadas que lhe acariciam.

É sombreiro que os anjos

Presenteou os mortais.

Ah ! Nuvem

Bola de algodão,

Que é nuvem leão,

Se faz de pássaro

E depois em homem...

E de repente ... não mais !

Brinquedo celeste

Cheio de graça

E da forma que passa

Brinca de faz ... desfaz !