EXTRAVAGANCIA
Com certeza em alguma circunstância
A gente vai onde a vista alcança
Não mede risco, tampouco distância
Não teme arcos, flechas, a lança
Atitude longe de ímpeto ou jactância
Há momentos em que a monotonia cansa...
Quase tudo perde a importância...
Qual lado a seguir, a dúvida balança...
Ainda que se tenha abundância
Desprezamos toda nossa segurança
Corremos atrás de nova fragrância
Algo que não tenha semelhança
Não precisa destaque ou relevância
Nenhum mistério ou pajelança
Algo como um retorno à infância
Aquele flutuar do sonho de criança
Parecer que saímos de consonância
Talvez armarmos verdadeira lambança
Mas, que delícia cometer extravagância
Ela se grava, permanente lembrança