O MASCARADO DO CARNAVAL
Num clube de uma pequena cidade
fiquei sendo a mira da curiosidade
por dançar um baile adoidado.
Se aproximar de mim não teve jeito
por que pulava com todo respeito
embora tivesse com o rosto tampado.
E foi uma noite da casca do ovo
mesmo sendo ainda casado de novo
tinha minha esposa num hospital.
So sai para buscar divertimento
pois em casa era um sofrimento
na última noite de carnaval.
Preferí todo o meu rosto tampar
pois queria aquela noite pular
sem mostrar a minha figura.
Em meus pés sentí nascer a bolha
ao pular Aurora,Zezé e sacarolha
não estava a fim de aventura.
Mas mesmo ficando so num cantinho
não foi possivel ficar sozinho
uma moça, no meu braço segurou.
Mesmo sem meu rosto mostrar
ela decidiu na dança me acompanhar
e sorrindo, ao meu lado ficou.
Quando uma água estava a beber
ela insistiu em me conhecer
mas geltilmente te disse que não.
Expliquei que dali longe morava
e tambem, que uma mulher ja amava
que ja tinha dona, meu coração.
Mesmo assim, seu rosto acariciei
e palavras de ternura, te falei
quando via, seu olhos brilhar.
A ultima musica, anunciava o cantor
fiquei olhando, pelo retrovisor
ela me olhando, triste e a acenar.
Anos depois, ainda me lembro
ela se casou, foi no final de dezembro
enviei pelo correio,um cartão de natal.
Desejando a ela a maior felicidade
que fosse muito feliz de verdade
e assinei, o mascarado do carnaval.