Enigma...

         Ao Divino impulso
         Palpita  o ser...Pulsa,
         Interroga e busca convulso
         Atento à Vida que alheia
        Corre alhures sem peias...

       Claudicante,  o ser indaga
       Inquire da vida  os  passos
       Entre  suspiros e ais
       Mas a vida, é vaga
      A Vida é grande demais!
      E Sem rastros, fiança, divaga...
      Vã e trôpega procura! 

     No cristal dos meus olhos de menina
     Busco alguma ínfima certeza...
     Mas, de Deus a voz cristalina
     Fala-me de mistérios... Beleza
     E que a vida é uma dança
     Onde o melhor é bailar... Amar
     Um amor despojado, criança...
     Este, pode o caminho iluminar...

   Fala-me Deus aínda
   Do cultivo das flores da esperança,
   Do sorrir que as fazem florescer
   E do terreno fértil da magia e da razão...
   Ah! E não esquecer:
   Regá-las com a alegria
   A brotar dos olhos que às vezes chovem
   Orvalhados de pura comoção...