Quem sou eu?

Sou mundo, sou fundo e profundo.

Sou rastro calado que deixa a marca.

A marca de dizer a verdade, de não se abalar com as promessas do futuro.

Um sorriso serrado, sem mostrar os dentes.

Quem sou eu?

Sou aquilo que percebem em mim, ao contrário, no primeiro contato.

E, quando estava quieto, imaginava onde eu podia estar.

Sou o descaso pela hipocrisia, pela ignorância e egoísmo.

Sou a valorização pelo que me é sagrado:

Transparência, amizade, sentimento explodindo no peito

Com o jeito mais simples de transmitir, através de um olhar,

De um abraço, de uma palavra, um silêncio.

Quem sou eu?

Sou uma criança tentando ser um homem,

Tentando ser grande sem desapegar da minha condição pequena.

Sou um homem carregando uma criança

Que, às vezes chora, às vezes sorri, às vezes se esquece desse mundo

E vadia pelos caminhos da imaginação

Tentando encontrar explicação para coisas sem sentido.

Eu sou você, meu amor, quando se encanta com a simplicidade,

Quando dança, abraça e se desmancha em riso.

Eu sou a surpresa de um abraço inesperado,

Sou um elo que nasce das mãos de cada amigo,

De cada palavras sincera, cada abraço.

Eu sou esse laço que não quer se desamarrar,

Pois, apesar de ser tarde, continuará me segurando por muito tempo

Pelos fios de lembranças das pessoas queridas,

Da saudade que não será esquecida.

Quem sou eu?

Sou um verso que transita pelos cantos do infinito,

Que percebe onde mora a dor,

Que sabe onde se esconde o amor.

Quem sou eu?

Prazer em conhecer.

Márcio Ahimsa
Enviado por Márcio Ahimsa em 21/01/2008
Código do texto: T826889