RAINHA MIDAS
(Sócrates Di Lima)
Não sei mais de mim,
O que fui, nem o que sou.,
Talvez um amante, sim,
Do que me vem e por onde vou.
Caminhos equilibrados por labirinto,
Sei apenas que penso e desejo.,
E por tudo, há algo belo que sinto,
Ê a vontade intrépida do teu beijo.
E esse beijo que há de me acordar,
Fazer-me sentir muito mais do que preciso.,
Estar vivo, á espera de esse olhar,
Para me perder novamente e sem aviso.
Menina mulher, me perco no teu olhar,
Quero me perder do teu sorriso lindo.,
Quero me perder no teu corpo sem me achar,
depois do amor, no prazer de ter prazer infindo.
E no teu labirinto encontrarei minhas saídas,
Encontrarei nos teus braços o que fazer,
E no deleite das tuas vontades como Midas,
Ao invés de ouro, tudo que tocar me dará prazer.
Midas que serás minha Rainha,
E no castelo do teu corpo me encontrarei.,
Tacarás na minha alma, e portanto, serás minha,
Enquanto o teu fogo arder na minha pira, te amarei.