VELHO JOVEM
(Sócrates Di Lima)
Não sou velho "porra" nenhuma
Mas, não sou tão moço,
Na vida não tenho vergonha alguma,
E dizer que o desejo de loucura esboço.
Não devo nada a ninguém,
Dane-se quem de mim não gostar,
Digo: - Foda-se tambem,
Quem quiser me contrariar.
A velhice pode estar na pele,
Mas nunca no coração,
Muita fragrância a alma expele,
Quando surge uma nova paixão.
Se eu hoje sozinho estou,
É por pura opção,
Curtindo a vida loucamente vou,
Alma, coração e muito tesão.
Há por ai, muitos jovens velhos,
E também, muitos velhos jovens,
Muitos com corações em fragelos,
Como Eu, muitas loucuras outros tem.
E o que me importa, é sempre ser um alegre jovem,
Mesmo que a idade me torne súdito,
Meus anos deixo que minhas vontades provem,
Como sons plangentes eruditos.
E assim, a cada dia que em minha alma nasce,
Meus olhos se abrem em alegrias,
Transformo minhas palavras sem disfarce,
Em doces e alegres poesias.
Não me sinto velho e nem jovem demais,
Mas, aos tantos negativos pago vintens,
Velho ...velho.. não serei jamais,
Prefiro estar entre as loucuras dos velhos jovens.
Para o mau humorado uma banana,
Que todos morram à mingua,
Para aquele que não gosta de mim, e que se acha bacana,
Como os velhos jovens, lhe mostro a lingua.
Tenho mais ontens do que amanhâs
Mas quero morrer o mais jovem possivel
Nessa minha suposta velhice afâs
Para viver o amor que acho impossivel!