Índio Tupinamba
Índio Tupinambá
Gosta de dizer
Que na floresta
Quem manda é a mãe Flora.
Não é o Curupira,
Muito menos a Caipora.
Acorda cedo pra caçar,
Vai na oca do pajé
Pra algumas coisinhas bagunçar.
O problema é quando ele chega...
Vish! Deu zebra!
Então, o índio corre pro riacho,
Foge do diacho,
Pula na canoa e vai pescar.
Lá no rio, é uma calmaria,
É lindo o show que as aves
Fazem lá no céu.
O som mais doce
Que o puro mel.
Os animais dançam pela floresta,
Estão todos em ritmo de festa.
Sem preocupação,
O barquinho do índio
Vai indo na contramão.
Então o pajé grita:
"Tupinambá!
Pode voltar!
Venha, é hora de jantar."
Todos se reúnem na frente da fogueira,
Passam a noite
Contando histórias de seus ancestrais.
Levam tudo na brincadeira,
Mães, filhos e pais.
Então o fogo apaga,
E cada um vai pra sua oca.
O pajé disse que amanhã
O almoço é especial:
É dia de tapioca!
Na floresta,
O som da noite
É o cantar dos grilos,
É a brisa entre as folhas,
O soar de rios tranquilos.
Índio Tupinambá diz
Que, por fim,
Este poema
Chegou ao fim.