Síndico sem condomínio.

Oh, dor, que em mim te chegas, desalmado é o tormento, A alma dilacera, o peito consome. Já fui um barco altivo, forte e potente, Agora naufrago em pilastra quebrada.

Sou solitário em meio a multidão, Um espectro errante, pálido e mudo. Em vão um refúgio, um coração Que me acolha e me alivie distancie deste monumento.

A vida, se forá um sonho, agora pesadelo, Labirinto oculto de saída, abismo cruel. Esperança, um barco à deriva, veloz e atroz, Se alastra cada vez mais, sem dar-me um alento.

E em meio a papéis, sigo a caminhar, A busca de um raio de lua, um novo merecer.